sexta-feira, 19 de julho de 2013

Parafina

Fogo. Não consigo tirar meus olhos dele. Da dança hipnótica das chamas.

Não, não sou nenhum maníaco incendiário.

Quando criança brincava de fazer sombras na parede do meu quarto. Usava uma vela. Em certo momento parava para admirar a chama. Quando me dava conta a vela já estava acabando. Como isso podia acontecer? O fogo comia a vela, dizia minha mãe.

Você. Veja bem você. Por muito tempo só enxergava você. Não precisa buscar tantos motivos assim. Eram as conversas, eram as piadas, eram as surpresas, era tudo. Quando acordei, o resto da nossa vela não tinha sobrevivido á fome do fogo.

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