segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mama África

Tcharan! Tia Lucy (Aryana Monteiro) e Elo Perdido (Augusto Severo) no palco.
Foto: Jhames Bessa.
No primeiro semestre do ano nos aventuramos com o teatro amador com uma peça chamada Nóis Véve a História para abrir a XI Semana de História da Uninorte. Decidimos repetir a dose. Mas dessa vez para abrir a IX Semana da Consciência Negra que teve por tema a história da África.
O Vanderson Dinhows Fernandes e eu ficamos responsáveis por escrever a peça, escalar o elenco e ensaiar com eles. O primeiro passo até que foi fácil. Reunimos um monte de boas ideias e tivemos ainda a ajuda da mente pervertida criativa do Everton Andrade - ele que teve duas participações pequenas, mas super-especiais!
Vinicius Amaral, Vanderson Dinhows e Everton Andrade: os roteiristas.
Foto: Raoni Lopes.
A grande questão era como fazer algo que fale da História da África e que divirta ao mesmo tempo? De início apresentaríamos um breve painel da História da África, na forma de um monólogo, mas desistimos dessa ideia. Ficaria muito maçante. Afinal, são muitas informações e pouco tempo. O fato da história desse continente ser pouco conhecida era um obstáculo, porque precisávamos dialogar com o que o público sabia. Como rir de algo que você não conhece? Por isso, optamos em falar do que conhecemos, das imagens do senso comum.
A proposta era brincar com alguns estereótipos sobre esse continente enquanto apresentávamos alguns pontos pouco conhecidos sobre a história da África (como a presença dos impérios de Gana, Mali, Songai e a relação com o islamismo). Muita gente achou parecido com a peça Hermanoteu na Terra de Godá, outros com as gags do Monty Python.
A primeira dificuldade foi montar o elenco. Estávamos agora trabalhando com uma equipe muito maior que da última peça. Existiam alguns personagens que foram criados para tal pessoa, outros não, precisávamos achar alguém que se encaixasse no seu perfil e que estivesse disponível. O maior problema sempre foi achar pessoas compromissadas e com tempo disponível. E em se tratando de época de prova a coisa só se complica mais.
Mas, por incrível que pareça, conseguimos achar muita gente. Com a exceção de alguns egressos, a maioria dos atores vieram do segundo e terceiro período noturno. Gente que não se conhecia muito bem, apesar de viver se esbarrando pelos corredores da faculdade ou então se enfrentando nos jogos de pingue pongue.
Os ensaios eram feitos aos sábados, geralmente em uma das unidades da faculdade ou então no Largo São Sebastião. Com a aproximação da Semana da Consciência Negra passamos a fazer ensaios durante a semana, entre uma aula e outra.
Primeiro, precisávamos fixar as falas na mente.Depois treinamos a interpretação e a construção das cenas (qual seria a ordem de entrada de cada personagem, onde ele ficaria, como ele reagiria a tal fala, coisas do tipo). E ao fim de cada ensaio aos sábados, uma cervejada. E churrascadas também. Uma antes da peça e outra depois.
O elenco assistindo a peça na churrascada, dias depois.
Foto: Rafael Mota.
Não teríamos conseguido chegar lá, claro, sem o apoio da Profa. Elisângela Maciel, sem o compromisso de todo o elenco, sem o apoio técnico e moral do Everton e sem a garra do Vanderson Dinhows. Ouvi aplausos e elogios, mas creio que a nossa recompensa maior é outra.
Creio que esse tempo juntos ajudou a criar um sentimento de união de forma que a própria galera espera participar de novos eventos da mesma forma e com a mesma equipe. Então que venham os próximos eventos!

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