segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cinefilias

A volta do cinéfilo: se preparem porque a TV a cabo liberou o sinal dos canais Telecine nessa semana e enchi meu caderninho de cinema com anotações.
Vamos lá!

A um Passo da Morte - Faroeste antigão (1955!), com um Kirk Douglas jovem e um Walter Mathau quase moleque. O título original é The Indian Fighter e cai como uma pluma. Douglas é um aventureiro que está entre o mundo dos brancos e dos índios e que por causa de alguns trapaceiros afoitos por colocar as mãos em uma mina de ouro em posse dos peles vermelhas se vê no meio de uma guerra.
Como vocês podem ver, a história não é muito original. Até o velho forte apache está presente aqui. O final é previsível. Valeu assistir por conta da atuação de Douglas.

Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma - Pense numa franquia bem sucedida! Claro, o segundo filme foi tosco, mas já passou. Estamos mais uma vez acompanhando o agente Ethan Hunt, dessa vez contra um maluco que deseja criar uma hecatombe nuclear. O enredo me pareceu tirado de algum filme do 007 dos anos 70 (aliás, o vilão parece um pouco com Adolfo Celi em 007 Contra a Chantagem Atômica).

Enfim, divertido e competente para o gênero. Brad Bird, o diretor, provou que sabe unir ação com algumas doses de bom humor. O filme não trava, é dinâmico e até zomba dos clichês do mundo da espionagem, como a tecnologia de ponta por exemplo. Os habituais desafios ao bom senso continuam firmes e fortes também (aquele papo de subir o prédio nos Emirados Árabes, sinceramente, é uma lorota épica).

Kung Fu Panda 2 - O primeiro filme achei interessante, mas não tão engraçado quanto parecia ser ou pelo menos prometia. Essa sequência, no entanto, me atraiu mais. O clima diferente (afinal, agora estão longe do bucólico vale) e a proposta diferente (a tecnologia contra o kung fu) me encantaram. É um filme um tanto divertido, mas que me deixa um tanto magoado porque poderia sê-lo muito mais. Não por culpa do diretor, da fotografia, do próprio estilo da animação, mas do roteiro. 

Duelo de Gigantes - Estranho: é o que me vêm na cabeça quando penso nesse filme. Assisti porque me deixei levar pela expectativa. A reunião de dois monstros da sétima arte, Jack Nicholson e Marlon Brando, em um western: esse filme promete! Pelo menos foi o que eu pensei. Os minutos iniciais denunciam que esse não é um faroeste épico como os antigos ou mesmo os italianos. Aqui se preza o realismo e uma narrativa sem pressa. Como o filme é produzido por Arthur Penn, realizador que revolucionou o gênero com O Pequeno Grande Homem, isso era de se esperar. Mas então, o filme toma outro rumo. Diálogos bizarros, tensões obscuras, ações inesperadas. Talvez precise assistir de novo, sei lá...

Rango - Animação despretensiosa, mas que se revela um caldeirão de referências. Seja do western ou da cultura pop (percebi em muitos takes aquele humor típico da franquia Piratas do Caribe, da qual o diretor, gore Verbinski, participou). É um filme que aposta no grotesco dos personagens, no absurdo das situações e no respeito á fórmula do bang bang. Achei muito divertido, mas vocês sabem que sou suspeito para falar isso.

Pandorum - Ficção científica e suspense. Um misto de Alien, o Oitavo Passageiro com O Segredo do Horizonte. Enredo confuso, com muitas falhas. A densidade psicológica de alguns personagens não convence. O Dennis Quaid que me perdoe, mas esse filme foi uma perda de tempo.

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