quinta-feira, 5 de julho de 2012

A gente não quer só comida...


Greve nas universidades públicas. É o assunto que está na boca do povo, qualquer que seja a sua opinião. O que pedem os grevistas? Aumento de salários, melhor plano de carreira (para os vinculados diretamente ao ensino) e reaparelhamento das unidades.
A greve na UFAM começou em 27 de maio desse ano e não conta com o apoio da União Nacional dos Estudantes (UNE), acusada por muitos de ter se rendido ao governo. A movimentação está sendo organizada pelo Comando Nacional de Greve Estudantil e Manaus também tem a sua divisão regional do Comando. Sexta feira passada organizaram um evento no Parque Paulo Jacob (ou Igarapé do Mestre Chico) e terça agora uma manifestação na Praça da Polícia.
O que me preocupa não é a greve, mas os rumos que ela tende a tomar. O militante tem um compromisso com a sua causa, mas deve ter um compromisso também com a tolerância. Afinal, todos queremos uma sociedade mais democrática. Houve alguns casos em que funcionários que não aderiram a greve foram hostilizados, outros foram forçados a não trabalhar porque alguém sumiu com as chaves. Ainda bem que tais episódios foram solucionados com bom senso. Aderir a greve deve ser um ato consciente. Cada um escolhe se adere ou não.
Dito isso, vamos para o outro lado da história: o governo. Realmente é espantoso o descaso do governo com a greve, que vem sendo tratada com menosprezo ímpar. De um lado a mídia condenando, de outro o governo ignorando-a. E até quando isso? Há que haver pelo menos uma negociação. Para um governo que se vangloria de ter ajudado a aumentar o ingresso de jovens nas faculdades e de apoiar movimentos sociais essa é uma atitude muito decepcionante ou reveladora.

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