quinta-feira, 5 de julho de 2012

Teatro do esquecimento


O vento passeava pelas ruínas
Admirando a arquitetura dos escombros.
Encontrou os antigos e secos moradores.
Os cumprimentou, como é de praxe.
Uma moldura, até então desapercebida,
intriga o visitante.
O tempo da alegria, da saúde, da vida.
Mas onde está a pequena?
Terá sido ela o motivo de tudo isso?
Sorrisos partidos, vozes caladas.
Quem poderá responder?
Quem poderá saber o que aconteceu aqui?
Talvez aquela planta tímida crescendo na rachadura.
Não, ela não.
Seu adubo é o passado, mas sua vida é o hoje.
Não encontrando resposta
O visitante se vai como brisa melancólica.

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