sábado, 30 de junho de 2012

Batismo de fogo


Sou tímido. Quem me conhece sabe. Na realidade, com quem eu conheço não costumo ser tímido. Resumindo, sou meio bicho-do-mato e isso não é novidade pra você que acompanha esse blog sempre (ou seja, estou falando contigo, mãe!).
Mas eu aceitei o desafio de superar o medo de falar em público. Afinal, em breve serei um professor (assim espero!) e como posso sê-lo se não consigo me comunicar com muitas pessoas? Os seminários, por mais assustadores que fossem, me ajudaram muito. Treinei e sinto que ainda tenho muito que treinar para conseguir ser suficientemente calmo, seguro e claro na minha fala.
Portanto vocês devem imaginar como eu fiquei a saber que teria de defender meu trabalho de conclusão de curso um período antes do esperado. Para mim isso significa o batismo de fogo para minha timidez.
Acontece que nessa sexta eu passei por essa prova. Para minha surpresa compareceram mais pessoas do que o esperado. O que contribuiu para a minha ansiedade ter aumentado um pouquinho mais.
Chegou a hora. Encarei a tarefa. Ao meu ver, me empolguei demais, gaguejei demais, me perdi em algumas gírias. Mas a maioria diz que fui bem.
Me aconselharam que me centrasse no processo da pesquisa. Afinal se trata de um trabalho acadêmico e os professores e os demais alunos tem que acompanhar como cheguei a certa conclusão. Como meu tema é basicamente uma revisão historiográfica então não tinha nem como eu fugir dessa questão.
Abordei minha problemática inicial, meus objetivos, os conceitos que utilizei (o referencial teórico), o modo como usei as fontes (a metodologia) e no finalzinho consegui falar ainda dos resultados. Ou seja, das minhas considerações.
Tentei ser claro ao abordar esses pontos. Quem não conhecia Arthur Cézar Ferreira Reis passou a conhecer. Bati muito na tecla de que a sua experiência e sua opinião política influenciavam a sua escrita da história. E acho que me fiz entender nesse ponto.

Quando a palavra foi passada á banca examinadora, congelei. Fiquei comovido com o elogio da Profa. Elisângela Soares. Quanto ás perguntas, tanto dela como da Profa. Adriana Barata, foram extremamente pontuais e sinto que algumas não consegui responder de todo, até por causa da falta de tempo. Aliás, a defesa até gerou uma discussão interessante de parte da banca como da platéia também sobre Arthur Reis e o Amazonas.
Não poderia deixar de falar, é claro, do meu orientador, Prof. Arcângelo Ferreira. Seu depoimento foi mais do que emocionante. Se muitas pessoas tivessem a metade da paciência, da humildade e da sabedoria desse homem... Não sei nem como agradecer pela ajuda e pela amizade. O senhor será sempre um dos meus mestres, tanto no que tange ao conhecimento quanto na ética. Muito obrigado por tudo!
Eu queria poder agradecer a todos que me parabenizaram depois da apresentação. Aos que não só me parabenizaram como me incentivaram a prosseguir na pesquisa e na docência. Muito obrigado a todos. Em especial á minha família, que pode comparecer ao evento. Senti como se fosse avaliado por duas bancas examinadoras: uma dos professores e outra dos meus pais. Ambas de pessoas queridas e sinceras. As contribuições que ouvi dos dois lados só me aguçaram mais.
Enfim, é isso! Mais um passo foi dado. Espero que seja um de muitos na minha carreira acadêmica.


(Todas as fotos aqui são de autoria de Maurílio Sayão).

Nenhum comentário:

Postar um comentário