José Honório Rodrigues |
Esse paradigma contra-revolucionário, por sua vez, não impediu que o Brasil se visse no meio de guerras sangrentas como as que eclodiram durante a Independência no Nordeste e as revoltas do período regencial em todo o país. Esse começo turbulento de nossa independência, aliás, fez com que nossa monarquia desenvolvesse um trauma com qualquer tipo de revolta do tipo, daí a repressão e o centralismo ser palavra de ordem no Segundo Reinado. Talvez essa paranóia seja a maior responsável por essa atitude reacionária.
O Brasil, então, teve revoluções realmente? Entendemos como revolução um movimento no qual toda uma ordem social é mudada. Assim sendo, no Brasil poucas foram as revoluções - segundo Raymundo Faoro, os donos do poder sempre estiveram no poder nesses 500 anos. Seu maior truque seria continuar no poder, mesmo com as trocas de regime.
Sérgio Buarque de Hollanda |
Mas essa é a leitura liberal de Sérgio Buarque de Hollanda, para o qual o Brasil deveria adotar os príncipios da modernidade, ou seja, adotar os mesmos passos adotados pela Europa para se modernizar (era comum na primeira metade do século XX, entre marxistas ou não, a idéia de que o caminho para a modernização era único e podia ser encontrado na história da Europa).
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