Correnteza
Luís Fernando Borges
O rio deita o ritmo
Com suas águas,
Que nunca são as mesmas.
É onipresente relógio.
Onde o conjunto
Hora,
MinutoE segundo
Formam a correnteza
Cuja água parece a mesma,
Mas não é a que se vê agora.
Ao acabar este poema
O que você viu
Vai pertencer ao ontem:
O segundo que passouJá virou lembrança,
Cristalizada na memóriaE enterrada no coração.
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