-A radicalidade, no sentido de ir á "raiz" dos problemas;
-Pelo uso de métodos rigorosos (axiomas, teses, hipóteses, etc.);
-A visão totalizante, que tenta englobar a maioria dos aspectos possível.
O que será então a Filosofia da História? Ora, é toda reflexão sobre a natureza da história e do conhecimento histórico. A Filosofia da História ajudaria á dar sentido a sucessão de acontecimentos (Voltaire cunhou a expressão justamente para criticar os historiadores que faziam da história uma simples reunião de "causos"), nos apresentando eles como conectados á processos maiores (estruturais).
A Filosofia da História virou refém do ideal de progresso e do eurocentrismo: Kant, por exemplo, acreditava que a Humanidade tinham estágios e que a Europa tinha passado por boa parte dele, sendo destino dos outros países passar por estes mesmos estágios. Hegel é o caso mais marcante: para ele, a história era regida por uma entidade chamada de Espírito do Mundo, e tinha um ponto de chegada, o desenvolvimento moral e intelectual do homem. Marx também dota a história de um enredo, como seu mestre, mas aqui o motor das mudanças não é mais o espírito, mas as condições materiais de existência (simplificando, a economia e política), e seu objetivo é um mundo sem classes sociais.
Historiadores e filósofos do final do século XIX, como Dilthey, criticam essa visão generalista e especulativa da história. Para eles, a história não tinha um sentido visível e não possuía estágios. É consenso hoje, principalmente entre os historiadores e filósofos pós-modernistas, que a história não possui um sentido, pois isso seria reduzir demais um objeto tão complexo. Mas isso não quer dizer que a Filosofia da História acabou.
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