domingo, 20 de fevereiro de 2011

Profissão: Historiador

Outro dia, discutindo na faculdade com meus colegas sobre o caráter de nosso curso tocamos um ponto recentemente levantado, mas no momento em questão emperrado: a profissionalização do historiador.
Fazemos um curso de licenciatura, o que significa que nossa atuação, legalmente, será direcionada para o ensino, a educação, enquanto o bacharelado engloba também a pesquisa. Em certo ponto da discussão, alguém levantou a questão: mas existe mercado de trabalho para alguém dedicado á pesquisa em nossa região e em nosso país?
Quando se fala em pesquisa, ou falamos de universidades ou das fundações de amparo á pesquisa. Nos últimos anos, a pesquisa tem crescido bastante, estamos consolidando um ambiente acadêmico no país. Muito embora, esse ambiente ainda esteja centralizado no Sudeste do país. Acompanhando essa tendência, a ANPUH (Associação Nacional de Professores Universitários de História) desenvolveu um projeto de lei para a profissionalização do historiador no começo do ano de 2000. Só em 2009, o projeto ganhou o apoio dos políticos, quando o senador Paulo Paim tentou levar o projeto em diante. No entanto, a aprovação não saiu nem naquele ano nem em 2010, por estarmos próximos das eleições. O burburinho sobre o projeto desapareceu por um tempo, mas parece que tem se reacendido recentemente.
A questão é que a profissionalização apóia a consolidação da pesquisa histórica, mas não deve vir sozinha, como sabemos, mas acompanhada de outras medidas, principalmente na descentralização do incentivo á pesquisa. Enquanto isso, esperemos.

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Para os interessados em ver o projeto, aqui está ele.

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