terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A "professorinha" Aleixo

Geralmente a visão que temos de professora é daquela mulher generosa, compreensiva e geralmente solteira. Tão carinhosa e próxima de nós que passamos a nos referir á ela no diminutivo: a "professorinha". Em suma, uma figura materna. Tão materna que passa a ser irmã da mãe dos seus alunos, tornando-se assim a tão adorada "tia".

Bem, alunos de uma escola em Vespasiano, na Grande BH, não vêem sua professora de Ciências exatamente como uma "tia". Alexandra Aleixo atraiu a atenção da imprensa por reclamações de pais e alunos contra a sua maneira de se vestir. A professora de 38 anos usa na sala de aula roupas pouco recatadas. Diz ela até que foi coagida pela direção da escola para parar de se vestir assim.


O caso deve ter lembrado muitos leitores do caso Geyse Arruda, claro. Levando em consideração as oportunidades geradas com a repercussão dos dois casos (Aleixo pouso para um ensaio fotográfico já e foi convidada para participar de um bloco carnavalesco no Recife), as semelhanças são grandes mesmo. Mas a questão aqui é que todo mundo é livre para se vestir do jeito que quiser. No entanto, vai de cada um a consciência do que é mais apropriado. O modo de se vestir diz muito de uma pessoa, mas não o essencial. Se for uma boa professora, tudo bem.
Mesmo assim o caso é divertido por sacudir um pouco com a imagem da "professorinha".
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A título de curiosidade: um trabalho sério sobre a imagem da "professorinha" e a ideologia por trás dela pode ser encontrado no livro do pedagogo Paulo Freire, Professora sim, Tia não!

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