Qualquer um aqui que acompanhe os jornais deve saber o que está acontecendo no Egito e em boa parte dos países do Oriente Médio. Mas não é sobre isso que pretendo falar nesse post hoje. Invoco aqui outro acontecimento recente: a prisão do fundador do Wikileaks, Julian Assange, por disponibilizar documentos secretos do governo norte-americano, por exemplo.
Esses últimos acontecimentos levaram a um debate sobre as mídias sociais. Boas ou más?, basicamente é essa a questão principal. Ao disponibilizar informações secretas, Assange ajuda á população á ter ciência do que seu governo faz ou atrapalha operações de fundamental importância? Muitos analistas brasileiros reclamam do esquentado nível dos comentários políticos na blogosfera, nível que se revela mais acentuado nos EUA, como já comentamos antes aqui. Enquanto muitos defendem a democratização da informação pelas mídias sociais e a consolidação do regime democrático por causa das mesmas, o especialistas em mídias sociais Evgene Morozov disse essa semana que "a idéia de que a internet ajuda a democracia é uma tecno-utopia".
Acredito que a questão não é se elas são boas ou más, mas quem as utiliza. As novas mídias sociais são ferramentas que potencializam a expressão individual e a ação coletiva. Realmente as mídias sociais democratizaram a informação (em partes, afinal metade do mundo ainda continua sendo analfabeta e sem acesso a computadores). Ora, vejam a maré de blogs, muitos são intimistas, mas existem, claro, aqueles mais dedicados a certos temas como a política ou a imprensa. E vejam também os movimentos de revoltas no Oriente Médio: os protestos do Egito e da Síria foram organizados por meio das mídias sociais, como o twitter ou o facebook. O poder dessa revolução digital é grande, mas essa tecnologia está nas mãos da Humanidade que, como sabemos, utiliza grandes descobertas para os mais variados objetivos.
Olhando por essa lado, as mídias sociais são dúbias: ora conservadoras, ora revolucionárias. Exemplos não faltam, aliás, muitos estão presentes aqui no corpo do texto. Por causa dessa sua posição, outra questão nos é imposta: devemos controlar esse avanço ou não? Afinal, ondas de ódio podem ser facilmente disseminadas pela internet, como tem acontecido na China quando usuários identificam uma pessoa com a qual abominam e a perseguem (essa espécie de buylling virtual é conhecido como "busca de carne humana"). Já existem, inclusive no Brasil, projetos para uma "polícia da web", mas pelo próprio caráter dessa tecnologia, controle absoluto sobre a rede ainda parece muito difícil. A China, por exemplo, vem tentando barrar esse avanço, temendo as consequências já expostas aqui, mas cada vez mais a internet parece estar se soltando de suas amarras lá.
O que fazer então? Bem, as mídias sociais talvez sejam parte dessa terceira revolução tecnológica que tanto tem se falado ultimamente. Sim, elas nos ajudam e nos atrapalham. Outra coisa também é certa: elas dificilmente sairão de nossas vidas tão cedo. Esses debates demonstram que estamos tentando achar uma maneira de conviver com os novos desafios que ela trouxe. Se acharemos formas de controle ou escapismo, só saberemos com o tempo.
Esses últimos acontecimentos levaram a um debate sobre as mídias sociais. Boas ou más?, basicamente é essa a questão principal. Ao disponibilizar informações secretas, Assange ajuda á população á ter ciência do que seu governo faz ou atrapalha operações de fundamental importância? Muitos analistas brasileiros reclamam do esquentado nível dos comentários políticos na blogosfera, nível que se revela mais acentuado nos EUA, como já comentamos antes aqui. Enquanto muitos defendem a democratização da informação pelas mídias sociais e a consolidação do regime democrático por causa das mesmas, o especialistas em mídias sociais Evgene Morozov disse essa semana que "a idéia de que a internet ajuda a democracia é uma tecno-utopia".
Acredito que a questão não é se elas são boas ou más, mas quem as utiliza. As novas mídias sociais são ferramentas que potencializam a expressão individual e a ação coletiva. Realmente as mídias sociais democratizaram a informação (em partes, afinal metade do mundo ainda continua sendo analfabeta e sem acesso a computadores). Ora, vejam a maré de blogs, muitos são intimistas, mas existem, claro, aqueles mais dedicados a certos temas como a política ou a imprensa. E vejam também os movimentos de revoltas no Oriente Médio: os protestos do Egito e da Síria foram organizados por meio das mídias sociais, como o twitter ou o facebook. O poder dessa revolução digital é grande, mas essa tecnologia está nas mãos da Humanidade que, como sabemos, utiliza grandes descobertas para os mais variados objetivos.
Olhando por essa lado, as mídias sociais são dúbias: ora conservadoras, ora revolucionárias. Exemplos não faltam, aliás, muitos estão presentes aqui no corpo do texto. Por causa dessa sua posição, outra questão nos é imposta: devemos controlar esse avanço ou não? Afinal, ondas de ódio podem ser facilmente disseminadas pela internet, como tem acontecido na China quando usuários identificam uma pessoa com a qual abominam e a perseguem (essa espécie de buylling virtual é conhecido como "busca de carne humana"). Já existem, inclusive no Brasil, projetos para uma "polícia da web", mas pelo próprio caráter dessa tecnologia, controle absoluto sobre a rede ainda parece muito difícil. A China, por exemplo, vem tentando barrar esse avanço, temendo as consequências já expostas aqui, mas cada vez mais a internet parece estar se soltando de suas amarras lá.
O que fazer então? Bem, as mídias sociais talvez sejam parte dessa terceira revolução tecnológica que tanto tem se falado ultimamente. Sim, elas nos ajudam e nos atrapalham. Outra coisa também é certa: elas dificilmente sairão de nossas vidas tão cedo. Esses debates demonstram que estamos tentando achar uma maneira de conviver com os novos desafios que ela trouxe. Se acharemos formas de controle ou escapismo, só saberemos com o tempo.
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