a cidade; minha idade
como se nunca efêmera, a cidade estará, enfim, projetada em meu rosto. o traçado de suas vielas, seus relevos, anjos, torres, esteios tortos. pensamentos. janelas, olhos das casas. tudo desenhando minha pele, definitivamente. outros rostos: de infantis a velhos, pombos e cachorros. estarão gravados todos os trajetos, cada passo nestas ruas de pedra nas rugas mesmas da minha cara. e tal como ela, pó seremos uma dia, na mesma terra. da que nada passa, meus duelos. também meus cabelos e o éden e a via láctea.
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