sábado, 19 de fevereiro de 2011

Apontamentos para a história do Cinema em Manaus

-Segundo Selda Vale Costa, entre 1920 e 1967 existiam em Manaus os seguintes cinemas:

Cine Alcazar, mais tarde Cine Guarany, fundado em 1907 e fechado em 1984. Localizado na Praça Heliodoro Balbi, parte central da cidade.

Cinema Avenida, fundado em 1909, sendo fechado, reaberto alguns anos depois até ser fechado definitivamente em 1973. Localizado na avenida Eduardo Ribeiro.

Cinema Popular, fundado em 1920, funcionou por um tempo até ser fechado, reabrindo seis anos depois. Então só fecharia totalmente em 1970. Localizado na avenida Joaquim Nabuco, numa região próxima do centro.

Cinema Rio Branco, cuja data de fundação ainda é um tanto misteriosa, no entanto fechou em 1920. Situava-se na região central da cidade, na rua Barroso.

Cine Ideal que funcionou até a década de 70 no bairro de São Raimundo.

Cine Ypiranga, fundado pelo empresário Adriano Bernardino em tempo recorde na praça General Carneiro em 1959 e fechado no dia de Finados de 1983, ficava no bairro de Cachoeirinha, na rua Carvalho Leal.

Cine Glória, fundado na década de 20 e fechado nos anos 50, justamente no bairro da Glóia.

Cinema Polytheama, fundado em 1912 e extinto em 1973, situado na avenida Eduardo Ribeiro.

Cine Odeon, fundado em 1913 e extinto no mesmo ano do Polytheama, localizado na mesma avenida.

Cine Vitória, aberto nos anos 50 e fechado também em 1973. Localizava-se na avenida Leopoldo Peres, no bairro de Educandos.

Ideal Cine, fundado em 1928 e fechado definitivamente em 1930. Situava-se no bairro de Aparecida, na rua Comendador Alexandre Morim.

Finalmente, o emblemático Cine Eden, que no decorrer de sua existência (1945-1989), mudou de nome diversas vezes (Cine veneza, Novo Veneza, Cine-Teatro Guarany).

Nas palavras do geógrafo José Aldemir de Oliveira, "o cinema constituiu-se, até o aparecimento da televisão no final dos anos sessenta, num elemento lúdico, empreendimento comercial e componente criador do imaginário coletivo pela possibilidade de criar condições de saber sobre o espaço. Era o lugar privilegiado do encontro não apenas para assistir ao filme, mas para ouvir as orquestras dos principais cinemas do centro ou para trocar gibi nos cinemas dos bairros". (p. 158, Oliveira, 2003).


Referências:
-COSTA, Selda Vale da. Eldorado das Ilusões. Cinema & Sociedade: Manaus 1897-1935. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 1996. pgs. 258-266.
-OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus de 1920-1967: A Cidade Doce e Dura em Excesso. Manaus: Editora Valer/ Governo do Estado do Amazonas/ Editora da Universidade do Amazonas, 2003.

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