Dentre tantos campos da história, cada vez mais acredito que existem (ou deveriam existir) dois grandes campos que merecem uma atenção especial: a história ambiental e a história social. São dois campos que refletem de certa maneira duas relações: uma, entre o homem e a natureza e a segunda entre o homem e seus pares. (Tomo aqui história social no sentido mais amplo de uma história que englobe todo tipo de relação social, incluindo aí economia, cultura, etc).
Não estou propondo que ambos sejam estudados em separado, mas em uma relação dialética. Afinal, o homem é condicionado - condicionado e não determinado - pelo ambiente e por sua sociedade. Ora, devemos ignorar o papel do meio ambiente na construção de Machu Piccu pelos incas ou mesmo na queda da economia cafeeira no Vale do Paraíba? Na historiografia amazônica, essa importância dialética torna-se mais que explícita. A floresta tropical, na história e na historiografia das comunidades locais, foi de tudo: protagonista, cenário, contra-regra e até figurante. Mas mesmo assim, ainda há muito o que ser dito sobre o homem e a selva aqui.
Creio já ter falado muito sobre a história social e tudo que ela engloba aqui em posts anteriores. Quanto á história ambiental, sou, por enquanto, apenas um curioso, mas para outros curiosos posso deixar aqui uma tentativa de definição (como toda definição, simples e rasa demais) com base no artigo de Douglas Barraqui, Por uma História Ambiental: a natureza de volta aos braços do homem: história ambiental seria uma tentativa de investigar como a natureza afetou o homem e vice-versa durante determinado momento.
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