O ano começou com chuva, tanto no Rio como em São Paulo. Teresópolis, São José do Rio Preto, Nova Friburgo estão quase sumindo do mapa a cada chuva. O número de mortos já passou da casa dos 400. Dilma e Cabral já sobrevoaram a região e o governo reconheceu a uma semana que está despreparado. O governo está despreparados, mas nós estamos acostumados.
Em 1997 a chuva fez muitas vítimas na Zona Norte do Rio, em 2000 em Angra dos Reis. Ano passado tivemos os casos da região dos lagos e novamente em Angra dos Reis. Em Ilha Grande uma pousada foi praticamente lançada no mar pela chuva. São Luís do Paraitinga em São Paulo desapareceu. E agora parece que a mesma coisa está acontecendo na região serrana do Rio.
O Rio tinha terminado o ano de 2010 com uma promessa de paz e esperança e agora ele inicia o novo ano com uma provocação da natureza: Cadê o bom senso? Cadê a infra-estrutura?
As mudanças no clima provocada pela falta de consciência ambiental agravaram um problema que sempre existiu no Rio e no Brasil: a má fiscalização e as péssimas condições de habitação. Raquel Rolnik, em seu blog, chegou a conclusão de que fiscalização e gestão da ocupação do solo no Brasil é um conto da carochinha. Pessoas constroem suas casas nas encostas de morros ou perto de córregos e nada é feito. O governo não fiscaliza, e em caso de interditação não fornece novos locais para moradia, nem tenta prevenir acidentes com morros de contensão, por exemplo. E nessa situação ficamos sem saber quando algo vai ser feito.
Há algo que parece florescer numa situação dessas, por incrível que pareça: a compaixão e a solidariedade. Voluntários, sejam atuando lá no foco dos acidentes ou indiretamente por doações, tentam minimizar a dor dessa tragédia. Uma situação dessa é inconsolável, para quem viveu e para quem acompanhou, pois o que perdemos não pode ser reparado. Uma vida não pode ser reparada. Fica a sensação de que a qualquer momento pode acontecer de novo e realmente pode acontecer de novo se nada for feito. A única coisa perto de um consolo é certeza de que isso não se repetirá.
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veja aqui um relato de um sobrevivente que já sobreviveu á dois desastres desse.
Em 1997 a chuva fez muitas vítimas na Zona Norte do Rio, em 2000 em Angra dos Reis. Ano passado tivemos os casos da região dos lagos e novamente em Angra dos Reis. Em Ilha Grande uma pousada foi praticamente lançada no mar pela chuva. São Luís do Paraitinga em São Paulo desapareceu. E agora parece que a mesma coisa está acontecendo na região serrana do Rio.
O Rio tinha terminado o ano de 2010 com uma promessa de paz e esperança e agora ele inicia o novo ano com uma provocação da natureza: Cadê o bom senso? Cadê a infra-estrutura?
As mudanças no clima provocada pela falta de consciência ambiental agravaram um problema que sempre existiu no Rio e no Brasil: a má fiscalização e as péssimas condições de habitação. Raquel Rolnik, em seu blog, chegou a conclusão de que fiscalização e gestão da ocupação do solo no Brasil é um conto da carochinha. Pessoas constroem suas casas nas encostas de morros ou perto de córregos e nada é feito. O governo não fiscaliza, e em caso de interditação não fornece novos locais para moradia, nem tenta prevenir acidentes com morros de contensão, por exemplo. E nessa situação ficamos sem saber quando algo vai ser feito.
Há algo que parece florescer numa situação dessas, por incrível que pareça: a compaixão e a solidariedade. Voluntários, sejam atuando lá no foco dos acidentes ou indiretamente por doações, tentam minimizar a dor dessa tragédia. Uma situação dessa é inconsolável, para quem viveu e para quem acompanhou, pois o que perdemos não pode ser reparado. Uma vida não pode ser reparada. Fica a sensação de que a qualquer momento pode acontecer de novo e realmente pode acontecer de novo se nada for feito. A única coisa perto de um consolo é certeza de que isso não se repetirá.
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veja aqui um relato de um sobrevivente que já sobreviveu á dois desastres desse.
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