segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A concepção pós-moderna de história

Já comentei aqui sobre a concepção moderna de História, estudada com afinco pela historiadora Anita Lucchesi. Em um outro blo tentei opor á visão moderna o que seria a visão pós-moderna de história, de maneira bem vaga e abstrata. Anita me sugeriu me dedicar mais ao assunto.
Tentarei fazer isso aqui agora. Como a maioria dos historiadores pós-modernos vêem a história? Está claro que temos que ter em vista, antes de tudo, a pluralidade de opiniões entre os historiadores entendidos como pós-modernistas. Há aqueles que acreditam que nossa subjetividade nos impede de conhecer a verdade histórica totalmente (Hayden White, por exemplo), enquanto outros acreditam que é possível apreendermos uma parte dela (Michel de Certeau, principalmente). Num fato, quase todos concordam: a subjetividade humana é o maior obstáculo para se compreender o passado.
Outro ponto interessante: enquanto os modernos enfatizavam o poder das estruturas sobre o indivíduo na História, os pós-modernistas tentam salientar o papel dos indivíduos, principalmente os marginalizados, como protagonistas da história, demonstrando suas ações como atores sociais (encontramos um pouco desse ideal em LeRoy Ladurie e na micro-história de Carlo Ginzburg e Giovanni Levi). Na tentativa de escrever uma história dos vencidos, como queria Walter Benjamin, apóiam-se principalmente na Antropologia, por sua abordagem relativista e culturalista. também há que se considerar a guinada dessa nova concepção, o papel central de análise passa dos processos amplos e abrangentes da economia (identificados com estruturas) para a produção de cultura.
Ou seja, a concepção pós-moderna de História seria pautada pela crítica á representação histórica, a predominância da abordagem culturalista e a ênfase no protagonismo do indivíduo.

Um comentário:

  1. obrigado pelo texto adoro seu blog cada dia vc evolui mais e o leitor tbm

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