Hoje o carro é cultuado e idolatrado como uma das maiores invenções da humanidade. Mas como essa adoração começou?
Não foi com Nicholas Cugnot quando este criou um veículo movido á vapor em 1769, também não foi quando Karl Benz e diversos outros inventores alemãos criaram o motor de combustão espontanea e o adaptaram a um veículo. Muitos dizem que o começo do culto veio com a produção em larga escala, inserida na indústria automobilística na década de 1910 por Henry Ford, que possibilitou transformá-lo em uma mercadoria e uma mania de todas as nações. Outros dizem que o culto ao automóvel começou na virada do século XIX quando surgiram na Europa e depois no EUA várias corridas entre os raros donos de automóveis, tendo numa delas falecido um dos irmãos Renault (donos de uma fábrica de carros na França). Eu também achava isso tudo, mas depois eu pensei melhor.
Arlindo Machado, em seu trabalho Pré-Cinemas e Pós-Cinemas, nos propõe que o cinema já existia muito antes dos irmãos Lumière. Existia no sonho das pessoas de se iludirem através das imagens, por isso ele estabelecia como parente do cinema alguns truques como os jogos de espelhos. Andei pensando e acho que com o carro aconteceu a mesma coisa: o que nos levou a inventar o carro foi a idéia de maior mobilidade, menos dependência (do cocheiro ou mesmo do cavalo) e mais facilidade de uso (convenhamos, manter um cocheiro, um tratador para os cavalos e um estábulo era muita coisa para poucos passeios). Já existia então o sonho do automóvel: Ferdinand de Verbiest, um missionário flamengo que visitou a China, já tinha idealizado um veículo que não precisava de cavalos para se movimentar para o imperador Kangxi. O que aconteceu é que os inventores dos séculos posteriores tirariam, cada um a seu modo, a idéia do papel e transformariam o sonho do carro cada vez mais próximo da realidade.
Claro que o fordismo ajudou a consolidar esse sonho, transformando-o, hoje, em fetiche. A proporção de carros vendida hoje é incrível, bem como de encontros e reuniões onde pode-se incrementar o carro e mesmo dar umas voltinhas nele (exercitar a liberdade conseguida com o motor de combustão espontanea). Se antes o carro era a máquina ideal, hoje ele se tornou a supermáquina.
Não foi com Nicholas Cugnot quando este criou um veículo movido á vapor em 1769, também não foi quando Karl Benz e diversos outros inventores alemãos criaram o motor de combustão espontanea e o adaptaram a um veículo. Muitos dizem que o começo do culto veio com a produção em larga escala, inserida na indústria automobilística na década de 1910 por Henry Ford, que possibilitou transformá-lo em uma mercadoria e uma mania de todas as nações. Outros dizem que o culto ao automóvel começou na virada do século XIX quando surgiram na Europa e depois no EUA várias corridas entre os raros donos de automóveis, tendo numa delas falecido um dos irmãos Renault (donos de uma fábrica de carros na França). Eu também achava isso tudo, mas depois eu pensei melhor.
Arlindo Machado, em seu trabalho Pré-Cinemas e Pós-Cinemas, nos propõe que o cinema já existia muito antes dos irmãos Lumière. Existia no sonho das pessoas de se iludirem através das imagens, por isso ele estabelecia como parente do cinema alguns truques como os jogos de espelhos. Andei pensando e acho que com o carro aconteceu a mesma coisa: o que nos levou a inventar o carro foi a idéia de maior mobilidade, menos dependência (do cocheiro ou mesmo do cavalo) e mais facilidade de uso (convenhamos, manter um cocheiro, um tratador para os cavalos e um estábulo era muita coisa para poucos passeios). Já existia então o sonho do automóvel: Ferdinand de Verbiest, um missionário flamengo que visitou a China, já tinha idealizado um veículo que não precisava de cavalos para se movimentar para o imperador Kangxi. O que aconteceu é que os inventores dos séculos posteriores tirariam, cada um a seu modo, a idéia do papel e transformariam o sonho do carro cada vez mais próximo da realidade.
Claro que o fordismo ajudou a consolidar esse sonho, transformando-o, hoje, em fetiche. A proporção de carros vendida hoje é incrível, bem como de encontros e reuniões onde pode-se incrementar o carro e mesmo dar umas voltinhas nele (exercitar a liberdade conseguida com o motor de combustão espontanea). Se antes o carro era a máquina ideal, hoje ele se tornou a supermáquina.
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