quinta-feira, 24 de junho de 2010

A moderna concepção de História

No blog da Anita Lucchesi, pesquisadora da UFRJ, existe um interessante debate sobre a concepção moderna de História (aliás, tema da autora).

Que concepção seria essa? Basicamente, uma concepção que adota as estruturas sociais e naturais como grande protagonistas da história, responsabilizando elas por impulsionarem a ação e a cultura humana. Seus maiores representantes foram Hegel, Marx e o estruturalismo.

Muitos criticaram essa concepção como Johan Huizinga, Jacob Burckardt e Hannah Arendt, e é partir da crítica deles que ela parte sua análise. Huizinga criticava essa concepção por reduzir a diversidade e riqueza do indíviduo através dos tempos, riqueza e diversidade essa muito bem representada na produção cultural. Burckardt, grande crítico da modernidade em si, a critica por diluir a figura do homem em estrutura transcedentes, como se não existisse vontade própria. Arendt fala das implicações morais dessa concepção de história: a idéia de pertencer a um sistema além do mundo sensível implicou para muitos a idéia de que suas ações estavam acima do bem e do mal pois estavam ajudando o progresso da civilização (vide o nazi-fascismo).

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