quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Cicatrizes

Ontem, dia 27 de janeiro, foi o dia de comemoração do Holocausto. O nome parece estranho. Comemorar? Quem vai comemorar um genocídio? Não há nada o que comemorar com certeza. O nome do dia deveria ser o dia de relembrar o Holocausto.
Este dia existe simplesmente para isso: para lembrar. Nesse dia devemos lembrar esse genocídio e, acredito eu, não só esse, mas os outros muitos holocaustos e mini-holocaustos que a Humanidade já presenciou, sejam eles de judeus, de índios, de hutus, de sérvios e etc. Não precisamos ir muito longe para sentirmos tantos o peso de tantos gritos e lágrimas, basta lembrarmos de Canudos, das "guerras dos bárbaros", dos campos de concentração no Ceará e no Sul do Brasil.
Precisamos lembrar disso para não esquecer.É muito pleonástico, mas é verdade. Mas não podemos lembrar a toda hora, porque assim acabamos, voluntaria ou involuntariamente, por banalizar o ocorrido.
O Holocausto foi uma cicatriz na face da história e como toda cicatriz ela irá para sempre nos acompanhar. Devemos tomar cuidado para não repetirmos mais cicatrizes do tipo. Esse tipo de comportamento não é só para fatos históricos como esse, também podemos usá-lo na nossa vida íntima, em nossas perdas. Elas nos ensinam muito, por isso não podem ser apagadas. Eu acho que devemos conservar e cultivar a alegria, mas não podemos esquecer a tristeza.

Um comentário:

  1. poxa ,pensa num post excelente.

    Mas não podemos lembrar a toda hora, porque assim acabamos, voluntaria ou involuntariamente, por banalizar o ocorrido.

    beijo ;*

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