Warren Dean foi o responsável por um estudo que foi um verdadeiro divisor de águas não só na história de São Paulo como do Brasil. Estamos falando de A industrialização de São Paulo.
Vou procurar resumir nesse post alguns pontos principais do livro.
A tese principal, que permeia o livro inteiro, é de que o complexo cafeeiro, tudo que sustentava e era sustentado pela exportação do café, incentivou a industrialização de São Paulo.
Como? Através dos próprios cafeicultores, que decidiam diversificar seus negócios fazendo fábricas, dos importadores, que tinham oficinas para darem um acabamento nos produtos antes de comercializá-los, e nos imigrantes, que eram chamados para trabalhar tanto nas oficinas dos importadores como nas pequenas fábricas dos cafeicultores ou mesmo no comércio informal.
Os industriais, no entanto, custaram a ser valorizados, uma vez que seus produtos cultivavam uma imagem de baratos e inferiores (quando comparado aos estrangeiros) e eles ficaram conhecidos como oportunistas. Tanto para adquirir capital como status, essa elite emergente começou a se fundir com a tradicional aristocracia do café.
É essa relação profundamente íntima com o café que fará os industriais ficarem por muito tempo sem uma consciência de si mesmos; eles se achavam uma parte da elite do café. Essa demora em se reconhecerem e a partir daí se unirem para defender seus interesses perante ao Estado e á sociedade é acompanhada pelo lento crescimento da indústria, marcado por crises como a Primeira Guerra - que impedia a entrada de máquinas para aparelhar as fábricas e ao mesmo tempo a entrada dos produtos estrangeiros concorrentes - e a quebra da bolsa de Nova York em 1929.
Por isso o livro é tão antológico, ele quebra certos mitos como o de que os industriais lutavam contra a aristocracia rural que os impedia de crescer (indústria x café) e de que a Primeira Guerra Mundial ajudou o boom industrial de São Paulo baseado nas muitas fontes que pesquisou. No entanto, o trabalho de Dean é muito rico, existem várias outras informações e análises interessantes, as quais não podemos mencionar rapidamente por causa do espaço, e sua linguagem muito clara e didática. Isso tudo faz desse livro uma boa leitura garantida.
Vou procurar resumir nesse post alguns pontos principais do livro.
A tese principal, que permeia o livro inteiro, é de que o complexo cafeeiro, tudo que sustentava e era sustentado pela exportação do café, incentivou a industrialização de São Paulo.
Como? Através dos próprios cafeicultores, que decidiam diversificar seus negócios fazendo fábricas, dos importadores, que tinham oficinas para darem um acabamento nos produtos antes de comercializá-los, e nos imigrantes, que eram chamados para trabalhar tanto nas oficinas dos importadores como nas pequenas fábricas dos cafeicultores ou mesmo no comércio informal.
Os industriais, no entanto, custaram a ser valorizados, uma vez que seus produtos cultivavam uma imagem de baratos e inferiores (quando comparado aos estrangeiros) e eles ficaram conhecidos como oportunistas. Tanto para adquirir capital como status, essa elite emergente começou a se fundir com a tradicional aristocracia do café.
É essa relação profundamente íntima com o café que fará os industriais ficarem por muito tempo sem uma consciência de si mesmos; eles se achavam uma parte da elite do café. Essa demora em se reconhecerem e a partir daí se unirem para defender seus interesses perante ao Estado e á sociedade é acompanhada pelo lento crescimento da indústria, marcado por crises como a Primeira Guerra - que impedia a entrada de máquinas para aparelhar as fábricas e ao mesmo tempo a entrada dos produtos estrangeiros concorrentes - e a quebra da bolsa de Nova York em 1929.
Por isso o livro é tão antológico, ele quebra certos mitos como o de que os industriais lutavam contra a aristocracia rural que os impedia de crescer (indústria x café) e de que a Primeira Guerra Mundial ajudou o boom industrial de São Paulo baseado nas muitas fontes que pesquisou. No entanto, o trabalho de Dean é muito rico, existem várias outras informações e análises interessantes, as quais não podemos mencionar rapidamente por causa do espaço, e sua linguagem muito clara e didática. Isso tudo faz desse livro uma boa leitura garantida.
ain essaa pesquiza nao me ajudou em nada
ResponderExcluir