domingo, 6 de janeiro de 2013

Cinefilando: começando o ano em grande estilo

Nessas férias fiz bastante coisa. É bom chegar cansado em casa, deitar na cama e tentar lembrar tudo o que você fez nas últimas semanas. Nessas férias andei muito por aí, falei com bastante gente e, o que mais diz respeito ao post de hoje, assisti muitos filmes.
Taí a listinha:
- De Volta pro Futuro: parte III (1990);
-As aventuras de Pi (2012);
-Hanna (2011);
-O Retorno de Sabata (1971);
-Maverick (1994);
-Os Irmãos cara de pau (1980);
-O Hobbit: uma jornada inesperada (2012);
-Tamara Drewe (2010);
-Avengers: os Vingadores (2012);
-Rocketeer (1991);
-Tom Horn (1980);
-A Hora do Espanto (1985);
-Conan, o Bárbaro (1982);
Alguns já vi antes, mas não com o mesmo olhar (nunca se vê um filme com o mesmo olhar, claro!). Outros conheci agora, embora já fossem bem comentados. E existem aqueles que são novidade pra todo mundo, como a coqueluche do momento: o Hobbit.
Nada contra o Tolkien, muito menos com Peter Jackson, mas achei que supervalorizaram o filme. Não é tão épico quanto dizem. É um filme de fantasia e aventura muito interessante e divertido, mas não com a mesma dimensão da trilogia. E nem podia ser, claro, uma vez que Hobbit tinha outros propósitos e a história se passa em outros tempos. Sábia decisão do Peter Jackson: dividir a história em três filmes, assim conta com mais calma o início da saga do anel e de quebra fatura nas bilheterias três vezes.

Só achei que esse filme podia ser menos longo. Pelo menos a versão do cinema. Deixasse as cenas adicionais para um eventual DVD ou Blue-Ray especialmente produzido para os fãs. Se é uma introdução ás batalhas épicas que a jornada dos treze anões, o hobbit e o mago cinza reserva deveria ser menos detalhista. Falo isso como espectador, mas entendo o lado do diretor. A legião de fãs quer uma experiência incrível, mas que seja fiel. O universo de Tolkien é imenso e complexo. Como adaptar isso para um blockbuster? É um trabalho dificílimo e Jackson conseguiu até que um bom resultado.
Enfim, é um bom filme. Mas voltemos á vaca fria: os filmes dessa férias. Não vai dar tempo de falar de todos eles, apenas quero ressaltar que embora meu gosto seja antiquado e os canais de filmes antigos foram liberados na minha TV a cabo foi quase que por acaso que esbarrei nos westerns e filmes dos anos 80 mencionados acima.

Maverick não assisto a um bom tempo. Da última vez que vi estava ao lado do meu saudoso avô e ainda estávamos nos anos 90, quando este filme tinha saído há pouco do forno. Tom Horn não me cativou, embora seja um filme de Steve McQueen. Achei o ritmo um pouco lento. É um filme melancólico. O Steve McQueen que vemos também é melancólico. Já velho de guerra, carregando o peso do sucesso nas costas.O que tem de sobriedade em Tom Horn falta em O Retorno de Sabata. É um filme feito pra nos divertir com excentricidades, frases de efeito e tiroteios. Mas a longa duração incomoda um pouco. A promessa de um confronto direto com o bandidão irlandês e a surra que o sócio de Sabata merece é sempre adiada e adiada...
De Volta pro Futuro III não me diverte da mesma maneira que os dois primeiros filmes, mas gosto desse visual de velho Oeste encobrindo a história de Martin e Doc Brown. Ás vezes acho que os roteiristas da franquia estavam á procura de uma desculpa para visitarem os saudosos anos de sua juventude (os anos 50) e se deliciarem com os gêneros que mais gostavam: a ficção científica e o western. Talvez isto explique o itinerário de McFly e Doc.

Rocketeer é um filme um tanto saudosista também. A história desse herói inesperado bem que poderia ter sido criada durante os anos 30 (isso se não foi realmente), porque ali encontramos elementos muito bem reconstruídos dessa época. Não falo apenas do visual, falo de tudo. O estilo de narrativa, os personagens, tudo.
Ao assistir Conan só pude sentir pena do remake recente. John Milius fez um ótimo trabalho, embora tenha retalhado um pouco a história original. Mas que se dane! Está divertido e épico, é o que importa. A Hora do Espanto já me parecia quando assisti antes meio bobinho, agora então... Mas continua divertido. Os Irmãos cara de Pau ou the Blues Brothers é um dos meus filmes favoritos. Humor e música juntos, com participações especiais adequadas pra cada cena. Irretocável.

Agora vamos aos filmes mais recentes: Aventuras de Pi é uma boa história e um bom filme. Também não é aquela superprodução que se tem anunciado. Quando se trata de efeitos especiais, sim é um arrasa-quarteirões. O realismo do tigre em certas cenas é incrível, mas o colorido brilhante de outras cenas pareceu-me forçar a barra. É uma boa história. Um filme pra se ver com paciência e sem grandes pretensões.
Me chame de desatualizado, mas só fui ver Os Vingadores agora. Achei interessante como todos os personagens encontram espaço num filme tão cheio de figuras marcantes. Suspeitava que o Homem de Ferro de Robert Downey Junior roubaria todas as cenas, mas não, existe espaço para todos. Até para o vilão megalomaníaco da vez.

Hanna, o meu primeiro filme de 2013, foi uma surpresa. Que bizarrice é essa, me perguntava. Cenas de ação, ângulos de filme independente, referência aos Irmãos Grimm, trama internacional... No fim das contas, embora tenha deixado muitas perguntas, foi um bom entretenimento também.
Tamara Drewe ou O Retorno de Tamara foi outra surpresa. No começo me parecia uma comédia inglesa, uma crítica aos escritores e á Inglaterra rural, mas de repente se torna uma história trágica, cheio de casos passionais. Aquele humor ácido continua, mas dá espaço ao drama. Que história curiosa, pensei. Depois descobri o porquê: era uma adaptação de Stephen Frears para uma HQ. 
É isso. Foram esses os filmes que vi, sem contar as séries e os documentários. Espero que em 2013 eu continue alimentando minha cinefilia como a alimentei em 2012.

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