quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Rapidinhas


Manaus, 50 graus, fez 343 anos. Eu rezando para São Pedro se sensibilizar e abrir a torneira e nada...
O julgamento do mensalão prossegue. A novidade foi a condenação de Marcos Valério á 40 anos de prisão. Em um país sério, eu ficaria contente com isso, mas...
Aliás, esse julgamento perto das eleições municipais é bem curioso, não? O governo, enquanto fazia a dança da cadeira com os ministros e lançava as obras do PAC, deve ter descuidado com a data.
Engraçado como o ministro Joaquim Barbosa, até então relativamente desconhecido, se tornou uma celebridade. Paladino da ética e da justiça pela direita e marionete da oposição para os governistas. Vi uma capa da Veja elogiando a trajetória do ministro e me lembrei que há alguns anos a mesma revista publicou um perfil do juiz, mas em tom menos elogioso. Na realidade, enxergavam a sua nomeação por Lula como mais um ato demagógico. Acusaram o cara de bater na mulher e tudo mais...
Na imprensa de esquerda ele é retratado como alguém que se atrapalha com as suas sentenças e que desconta a sua raiva contra as dificuldades enfrentadas em sua vida nos acusados. Os mesmos jornais que aplaudiram o ministro quando ele acusou o colega Gilmar Mendes de ser um coronel, em um momento em que estava de cabeça quente.
Eu? Não admiro, mas também não crucifico o cara. Aprendi a desconfiar dos paladinos da ética e justiça desde que Demóstenes Torres foi desmascarado. Por enquanto, só acompanho o andar da carruagem.
Outro fato que abalou a semana: a promessa de suicídio coletivo pelos povos Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul. Na verdade, não falaram em suicídio, mas em dar sua vida pra continuar nessa terra. Na carta que enviaram ao STF demonstram toda a sua descrença com a justiça após terem confirmado mais uma reintegração de posse aos fazendeiros.
A etnia tem um dos índices mais altos de suicídio, daí a confusão geral. A falta de perspectiva e a carência em que vivem explica o porque dessa epidemia assombrosa. Manifestações estão sendo feitas a torto e direito. Será que cairão no esquecimento como o caso de Belo Monte?

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