segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Continente em transe

"Aqui é a África: ninguém se importa!", dispara certo personagem em um dado momento de um filme que assisti há um tempo. Exagero?  Eu acho que sim. A desgraça da África foi que muitos se importaram com ela. Me refiro ás potências européias que a retalharam no século XIX em nome de mão-de-obra e mercado consumidor. França e Inglaterra saíram na frente, deixando para a Prússia, Bélgica, Itália e Cia. Ltda. se virarem. Desses anos e anos de domínio saíram o apartheid, as guerras civis e as ditaduras da África independente.
Hoje, as ONGs e a mídia internacional veem a África como um continente emergido na irracionalidade da guerra e na desgraça da fome sem se perguntarem como isso tudo aconteceu. Isto, contudo, é fácil de ser respondido. Difícil é sabermos o que acontecerá com essa região.
Empresas e países (como o EUA e a China) tem interesses especiais na África. Petróleo, diamantes, os africanos deram o azar de crescerem sobre um solo rico. O interessante é que no ano passado parte da África destoou do que parecia ser a sina tradicional dos países locais. Na Tunísia e depois no Egito ditadores corruptos caíram. A Líbia, após uma guerra civil, ficou livre de Kaddafi. Será que a África Subsaariana também será atingida pelo sopro da revolução árabe?

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