quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Novo ano, novas perspectivas

2012 começou com cenas muito parecidas com o começo do ano passado: enchentes e alagamentos nas pequenas e grandes cidades brasileiras, principalmente no Sudeste do país. 2011 para mim passou tão rápido que nem percebi que já estávamos há alguns minutos do polêmico 2012. Como costumam dizer, passei um ano só "na correria". Esse ano foi muito proveitoso para mim no sentido de ter participado de muitos trabalhos, realizado alguns projetos e aproveitado muito a vida ao lado dos meus amigos e da minha família. E pensar que comecei 2011 com a pulga atrás da orelha: se falava na pacificação de alguns morros cariocas, do começo de uma era de paz para o Rio de Janeiro e eu suspeitava de que tudo isso era passageiro. Graças a Deus estava errado. Guardo algumas críticas ás pacificações, mas pelo menos elas representam uma atitude efetiva contra o tráfico.

Em janeiro de 2011, nossos olhos se voltaram para o Rio de Janeiro de novo, dessa vez por conta das tragédias das chuvas.  No mesmo mês foi a vez de olharmos para o Oriente Médio, onde protestos contra corrupção na Tunísia cresceram, cresceram e culminaram na deposição do ditador local. A onda de protestos não parou por aí, se alastrou pelos demais países árabes: o Egito e a Líbia foram os casos mais emblemáticos. Há pouco tempo, a guerra civil na Líbia acabou e Kaddafi foi assassinado. Muita gente passou boa parte do ano tentando entender o que estava acontecendo ali naquela porção da Ásia.

Mais tarde algo aconteceria no Extremo Oriente, no Japão para ser mais exato. Algo catastrófico que não ficou muito atrás das modernas produções cinematográficas que falam sobre o fim do mundo: o terrível terremoto no Japão que quase destruiu uma metade inteira do país e ainda contaminou seu meio ambiente com a explosão de duas usinas nucleares.
As luzes e a vibração do Rock in Rio, no Rio mesmo, nos fizeram esquecer um pouco dessa terrível tragédia.  Foi um evento que gerou muita polêmica pelos cantores escolhidos e pelo modo como foram organizados os shows, mas que no fundo todo mundo gostou um pouco de ter assistido.

No campo da política tivemos os emblemáticos casos de corrupção nos ministérios de Dilma. Um deles, o caso de Orlando Silva, ainda está rolando. O caso do Ministério dos Transportes foi acompanhado pelo Amazonas com um interesse especial por se tratar do conhecido político amazonense Alfredo Nascimento. E por falar no Amazonas, quem se lembra da polêmica conversa que o prefeito Amazonino Mendes teve com uma moradora de uma área de risco em Manaus ou da reação do jornalista goiano Eugênio Santana á cidade que fez dele inimigo público número 1 dos amazonenses? Isso sem falar da afirmação de um dos membros da banda Restart sobre não haver civilização no Amazonas que lhe custaram um show aqui.

No Amazonas, a última das efemérides foi a inauguração da faraônica Ponte Rio Negro. Aqui pertinho, do nosso lado, houve a discussão sobre a separação do Pará em três estados: Carajás, Tapajós e Pará. O plebiscito ocorreu e a maioria dos votos foi pela não-divisão. Ainda no Pará, as obras da Usina de Belo Monte foram paradas por conta de uma greve geral de seus trabalhadores e no decorrer do ano várias manifestações na imprensa contra a construção da usina apareceram.
Pode-se dizer muita coisa sobre 2011, menos que foi um ano parado. E chegamos enfim á 2012, o ano que segundo o calendário maia e previsões científicas (?) recentes o mundo acabará. Será? Há uma crise na Coréia do Norte que pode se tornar uma nova Crise dos Mísseis de 1962, será esse o sinal? Eu não sei. Por via das dúvidas vou continuar vivendo, fazendo meus planos e curtindo minha vida. 2011 me fez deixar de ser um tanto pessimista, acho que essa foi sua maior contribuição para mim. Por isso prefiro começar essa ano acreditando que teremos boas surpresas. E é isso!

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