quinta-feira, 7 de julho de 2011

Articulista dentro e fora do contexto

Causou rebuliço um artigo de um colunista do jornal goiano Diário da Manhã chamado Manaus: Selva de Pedra Fora do Contexto no qual seu autor, Eugênio Santana, dispara críticas duras sobre a capital amazonense.
Ele começa dizendo que Manaus não confirma nem afirma seu status de sede da Floresta Amazônica. Que não compatibiliza com o ambiente ao seu redor, é apenas mais uma cidade grande brasileira. Realmente, Manaus ainda não sabe lidar com a natureza que a cerca, prova disso é nosso sistema de esgoto e a situação deplorável nos igarapés.
A seguir ele fala o que o trouxe á cidade: trabalhar para uma empresa chamada Amazon Play. Logo na viagem, a turbulência parecia indicar que essa seria uma temporada no inferno, segundo ele. Daí em diante, o autor demonstra todo seu rancor para com a cidade e não é só pela viagem conturbada ou pelo que ele viu nas ruas, mas porque foi obrigado a fazer serão extra (comparando-se á trabalhadores escravos!) e não foi reconhecido. Sua aventura profissional frustrada portanto pode ser a razão por trás das críticas.
O fato de não ser uma cidade sustentável e possuir vários problemas é reconhecido, no entanto, Santana vê nisso apenas mais argumentos para provar que realmente teve uma temporada no inferno. Não vou entrar no mérito de discutir aqui se o amazonense não é prestativo e hospitaleiro, uma vez que sou contra generalizações. É como se eu fosse ao México e por conhecer um mexicano que seja preguiçoso considere, portanto, que todos os mexicanos sejam preguiçosos! É um absurdo! Esse é o perigo da generalização. Perigo esse que Eugênio não parece ter considerado quando nos visitou.
A visita de Santana a Manaus parece ter sido uma série de mal-entendidos que culminou no maior de todos: esse seu artigo. Se ela não foi uma boa visita, então logo Manaus não é uma boa cidade?  Ele não parece ter boa vontade para considerar o peso de suas palavras e especialmente para entender os problemas que nnos afligem. O seu objetivo é só criticar, aliás nem isso, apenas atacar, e não entender. O comportamento de Eugênio é deplorável e acho que não devemos imitá-lo ao apenas atacá-lo. Vamos começar a fazer algo pela nossa cidade, vamos usar a mesma força que utilizamos em nossos ataques quando alguém nos ofende para solucionar nossos problemas. Se a intenção desse sujeito era simplesmente atacar, humilhar, menosprezar a cidade, não nos rebaixemos ao seu nível. Vamos aproveitar essa polêmica para discutir nossos problemas, achar propostas.

Um comentário:

  1. Concordo Vinicius,

    Os empresarios deveriam dar mais valor aos profissionais locais tem muita gente boa querendo trabalhar só esperando uma oportunidade.
    E lamentavel que a empresa tenha buscado lá fora um profissional que além de não atender as espectativas saiu com essa postura.

    Tenho dito.

    Erick Mattos
    Paulista e Amazonense de Coração

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