A determinação do Ministério da Educação de diminuir os anos de formação dos professores de História de quatro para três anos é lamentável. Mais lamentável ainda é a Universidade de Taubaté, adotando essa determinação, aumentar o número de disciplinas para o curso.
A atitude da Unitau de introduzir novas disciplinas no curso é louvável, mas não nesse contexto, no qual a carga horária foi diminuída. Acho que a pergunta é imperativa: será que os futuros professores vão conseguir guardar todas essas matérias em um número tão pequeno de aulas? Mesmo sendo de uma geração que não foi contemplada com essa medida, as dificuldades para aprender tanta coisa em tão pouco espaço de tempo não são pequenas.
Por sua vez o Ministério Público também não parece se importar com a qualidade do curso ao diminuir sua carga horária, afinal ele está mais preocupado com o número de professores na ativa, motivo, aliás, de tal medida. Logo, para o governo se faz necessário ter um batalhão de professores. Com certeza o número de professores é baixo, mas aumentá-lo bruscamente diminuindo a sua carga horária não é uma medida imediatista e, como a História ensina, medidas imediatistas não estão fadadas ao fracasso? Reformulo a minha pergunta: O que é melhor, mil professores medíocres na ativa ou cem professores bons na ativa?
Concluindo, essas duas atitudes simbolizam a eterna luta entre a quantidade e a qualidade, na qual, no nosso caso, a quantidade saiu vencendo. Para atender uma lógica de mercado criou-se uma pseudo-profissionalização. Estamos diante de uma dança das cadeiras na qual os profissionais no verdadeiro sentido da palavra são os primeiros a sair.
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