sábado, 15 de março de 2014

Crônicas do Quarto Poder

Praia de Imbetiba, Macaé, anos 50.

Sobre a história da pacata Macaé, no interior do Rio de Janeiro, achei um fato bem curioso. O político Eduardo Serrano, vindo de Niterói e com fortes laços políticos na Capital, se candidatou a prefeito desta cidade e foi eleito em 1959 para ser cassado em 1960. O motivo: sua sexualidade. Acontece que os jornais exploraram a sua até então discreta preferencia por companheiros do mesmo sexo e batendo na tecla da moral e dos bons costumes, o prefeito teve seu mandato cassado.
Encontrei na internet um trabalho bem interessante da estudante Evelyn Soares Valente sobre o episódio que explora o peso da mídia como formadora de opinião, usando aqui ainda que marginalmente o conceito de construção do consenso presente em Noam Chowsky e adaptado por Bernardo Kucinski ao contexto brasileiro.
*Falando em prefeitos, outro dia andando pelo centro de Macaé encontro um sujeito em cima de um caixote com roupas amarrotadas prometendo mundos e fundos. Descobri pelo jornal O Rebate de José Milbs que se trata de uma figura super conhecida na cidade: Mariola, o vendedor de mariolas que desde 2011 está se candidatando a prefeito. Muitas de suas propostas eram interessantes: chamar a polícia de Campos para patrulhar a cidade, criar um batalhão especial para expulsar o tráfico de Malvinas e Nova Holanda e incentivar a venda de mariolas.

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