quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Zé Praga ataca novamente!


Não gosto de carnaval e ponto final. Mas gosto de arrastar a sandália, pelo menos uma vez a cada 10 anos pra desenferrujar. Muito bem, me convidaram para um bloco de rua e aí já comecei a me coçar porque um monte de gente se esfregando um no outro na rua pra mim é suruba legalizada. "Não, é um bloco mais tranquilo, só tem gente de mais idade, aqueles sons de antigamente, bolerão". Foi me agradando, mas relutei pra cultivar minha fama de rabugento. Finalmente confirmei presença.
No dia do bloco, ligo pra um e ligo pra outro. "Ah, não vai dar, eu to passando mau". "Ih, cara vou ter que levar minha mulher lá na casa do chapéu". Pra resumir, todo mundo pulou fora. Senão é minha neurose de ligar antes eu teria feito papel de bobo lá.
Sim, eu podia muito bem ter ido assim mesmo e me divertido - embora não conhecesse ninguém ali e até suspeito que esse tal bloco não é tão calmo assim quanto dizem. Claro, eu podia ter feito isso, mas resolvi fazer melhor: lancei uma praga sara-maligna nesses amigos da onça. Se eu não vou pular carnaval, nem eles iriam: chamei chuva. E olha que São Pedro me ouviu pela primeira vez na vida.
Sábado: chuva. Domingo: chuva. Segunda: chuva. Terça: chuva. Quarta: aquele sol. E o povo que ficou de ir pra Banda do Galo lá na Estrada do Turismo foi trabalhar hoje tudo resfriado. O diabo é que eu também fiquei resfriado. Mas nem ligo! Só o fato da chuva ter sacaneado o pessoal já me deixou em catarse. Quatro dias de chuva, todos os quatro dias de carnaval, é mole? Não conheço minha própria força...

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