sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Salve Mestre Arcângelo!

Quando somos levados a falar das pessoas que mais admiramos corremos dois riscos: ou falamos de mais,  beirando a bajulação, ou falamos de menos, deixando muito a desejar. Porém, quando não falamos delas corremos um risco maior ainda: dar a impressão de que não a admiramos.
Eu não gostaria de correr esse último risco, por isso hoje vou falar sobre uma pessoa que admiro muito: Prof. Arcângelo. Quando cheguei na Uninorte me pintaram uma imagem dele como se fosse um carrasco. Com o tempo descobri o exagero - seguindo essa lógica todo mundo que for exigente é um carrasco, uma besteira.
Seja nas aulas ou nas reuniões do projeto de extensão, o professor me surpreendia sempre pelo conhecimento do assunto (de História da Amazônia até o repertório do Nunes Filho) e pelo bom humor. Outra coisa que aprendi a admirar nele é a sua posição ética.
Portanto mesmo que não tivesse o título de mestre, para mim, o Prof. Arcângelo já seria um. É um exemplo em muitos sentidos e uma grande pessoa. Espero, assim como meus amigos, que possamos conversar muito ainda sobre Jackson do Pandeiro, Raymond Aron e cia.

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A cada período, uma palavra ou duas usada pelo professor nas aulas caia no gosto da turma, tornando-se quase a marca do mestre. Abaixo listo algumas:

"É preciso elencar o conhecimento e amalgamar os saberes".
"Isso é produto do etnocentrismo" ou então "da resignificação".

E existem aquelas frases que o professor solta no meio da aula para ver se o povo está mesmo acordado, como essas:

"Quero que vocês façam um trabalho com o seguinte título: 'a importância do cipó na vida cognitiva do macaco'".
"Até pra cuspir na escultura é preciso ter estrutura".
"Muitos elementos são usados para estudar a história: dialética, conjecturas, elixir paregórico, etc...".

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