sábado, 10 de março de 2012

Undertown


LUA CHEIA
A cidade suja dava seu último suspiro antes de ir dormir quando aquilo aconteceu. Foi tudo muito rápido: o uivo, o grito, seres correndo na sombra e no fim uma poça de sangue.

ASCO
O homem no ônibus era repugnante. Cheio de perebas por todo o corpo, como sarampo. Surpreso, encontrou uma pereba no seu rosto ao chegar do trabalho. Em menos de um dia ele tinha se tornado repugnante.

PRAGA
Maldições não costumam pegar. A não ser daquela velha prostituta. O rapaz nunca mais retalharia ninguém: uma viga de metal o deteve a caminho de casa.

MEDO DE ESCURO
Sons. Sons debaixo da cama. Quando eles pararão? Não aguenta mais, tem que olhar. Hmm... nada de anormal. A não ser aquela criatura escamosa com bigodes de bagre e dentes de tubarão.

DIZ-ME COM QUEM ANDAS...
Há um nível saudável de loucura. O médico sempre lhe dizia isso. Mas ver homúnculos por toda parte é uma doença, completava. Fazer o quê, doutor, se eles gostam da minha companhia?

CASO CONJUGAL
O apartamento escuro era o cenário da tragédia: um homem que voltou mais cedo do trabalho e pegou a mulher na cama com outro. Duas pessoas foram mortas. O vampiro destruidor de lares, contudo, continua foragido.

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