No Brasil, transporte público virou sinônimo de martírio ou tortura. Em Manaus a situação não é muito diferente. Se a população fosse perguntada sobre quais os maiores problemas que Manaus têm, com certeza o transporte figuraria na lista. E não é para menos. Poucos ônibus e os que estão em circulação precisam de manutenção. Isso sem falar dos terminais e paradas, caindo aos pedaços. O trânsito caótico também não ajuda nenhum um pouco.
Eis que o prefeito de Manaus anuncia como uma das soluções para esse problema uma nova frota de ônibus. A frota chegou. Foi apresentada no dia 8, sábado passado. Os ônibus ocuparam de uma ponta a outra da Avenida das Torres. E começaram a entrar em circulação no começo da semana. O que surpreendeu a população, contudo, não foi a quantidade de ônibus, mas o preço que se cobraria para circular neles. Amazonino anunciou que aumentaria as tarifas de 2,25 para 2,75 e, para os ônibus executivos, de 3,00 para 5,50.
Claro está que o nosso prefeito está tentando acabar com o transporte alternativo: o aumento das tarifas foi um soco bem no meio do estômago dessas empresas. Ora, elas cresceram em cima da deficiência do transporte público. Por aí percebemos o que a urbanista Raquel Rolnik sempre afirma: o espaço urbano é regido por regras, principalmente economicas. O lobby das empresas de transporte coletivo e a prefeitura demonstra isso muito bem. O espaço urbano vira palco de tensões. Tensão entre o transporte público e o alternativo. Entre o povo e a prefeitura.
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