Parece que no jogo que se tornou o transporte coletivo, o povo de Manaus teve uma pequena vitória. Aliás, uma não, duas. A primeira contra a prefeitura e a segunda contra o governo estadual.
Amazonino tinha anunciado o aumento da passagem de ônibus e o governo estadual estava cogitando a possibilidade de cobrar pedágio na ponte que está sendo construída sobre o Rio Negro, quebrando assim a promessa do governador Eduardo Braga, que iniciou as construções, que o atual governador, Omar Aziz, jurou honrar.
No último sábado, dia 15, o governo teria declarado que não cobrará pedágio e nem cogitou tal hipótese, que tudo se tratou de boatos. Mas sabemos que a idéia já passou pela cabeça dos responsáveis pela obra. Tanto que demoraram a responder as perguntas sobre o pedágio (o boato teria surgido há quase duas semanas e meia atrás).
Os protestos foram mais veementes contra Amazonino, por conta do aumento da passagem de ônibus. Em uma população que o ônibus é fundamental para o trabalho e para o lazer, apesar da quantidade de carros no mercado, a medida atingiu mais profundamente o manauara, afinal, a questão sobre a ponte é algo mais relativo ao futuro, enquanto o preço da tarifa de transporte coletivo é algo com consequências muito mais imediatas.
Destaque para as manifestações organizadas por movimentos sociais ou por campanhas políticas que não receberam o apoio popular. A Juventude Socialista organizou uma vigília em frente do Sinetram que contou com um número considerável de pessoas, enquanto na passeata organizada contra a corrupção no dia 12 tivemos a participação de 30 pessoas. A insastifação foi geral, mas não se manifestou através dos movimentos sociais. Em todos os locais ouvia-se reclamações sobre a medida. Foram atos desarticulados.
A pressão, mesmo que desarticulada, conseguiu algo: a volta aos preços anteriores.
Como diz o velho ditado, é bom nunca cantar vitória antes do jogo terminar. É bem possível que o preço das passagens venham a ser aumentados gradativamente, depois de todo esse bafafá. Ou que, com o pretexto de que a ponte necessita de manutenção regular e o governo não pode provè-la no momento, o Estado instale cabines de pedágio na ponte. Por isso, seria bom organizar melhor as poucas manifestações sociais que temos e procurar conscientizar o povo para estarmos melhor preparados para a "porrada" que vem por aí.
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